Top 5 by 5: As piores adaptações cinematográficas.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

     Eu poderia citar qualquer livro do Nicholas Sparks nesse top 5, já que todas as adaptações conseguem mudar as características físicas e psicológicas dos personagens principais, além de desconsiderarem partes fundamentais e acrescentarem fatos inexistentes e desnecessários. Entretanto, escolhi a que me deixou mais revoltada e inconformada: A última música.
 
                                                 (Fonte: cookingnicksbooks.blogspot.com)
     O livro traz a história de Verônica Miller (Ronnie), uma adolescente de 17 anos que se vê forçada pela mãe a passar as férias de verão com o irmão mais novo na casa do pai, em uma praia na Carolina do Norte. Seu pai é um ex-pianista de concerto, e a música sempre foi o elemento fundamental na conexão pai-e-filha dos dois, mas isso deixou de acontecer quando os pais de Ronnie se separaram. Por repúdio ao pai por ter abandonado a família, Ronnie deixa de lado todo o seu talento musical.
     Mas vamos ao filme: de quem foi a idéia de colocar a Miley Cyrus no papel de Ronnie? Primeiro que a personagem não tem qualquer semelhança física com a atriz, e, segundo, quem foi que falou para a Miley que era sabia atuar? Achem essa pessoa e joguem em um hospício. SÉRIO! Como já expliquei antes, Ronnie não quer mais saber de música por rancor ao seu pai. Ela não toca mais, não canta mais... aí vem um ser humano e coloca a Miley tocando NO COMEÇO DO FILME. GEEENTE! POR QUE? O lindo do livro é a transformação e restauração do relacionamento de Ronnie com o seu pai, fazendo ela se reconectar com a música! Ela só volta a tocar no final do livro, gente! 
     Como já é esperado em todo livro do Nicholas, há um romance. Ronnie conhece Will, eles se apaixonam e blábláblá. A questão é que, mesmo com o romance, o foco do livro é em Ronnie e seu pai. Já o filme é só mais uma história de amor... 
     Então deixo meu apelo aos diretores, roteiristas ou qualquer outra pessoa que faça filmes: se você vai adaptar um livro para o cinema, SEJA FIEL AO LIVRO. Eu entendo que muitas coisas precisam ser cortadas, que não dá para ser completamente igual ao que tá escrito, mas PELAMORDE...SEJAM FIÉIS! Não mudem a essência da história.
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Quer conferir a continuação desse Top 5 by 5?
Mylena Gonzalez ~ PS: Take a picture
Nayane Torres ~ PS: Take a picture
Suzane Cruz ~ Memórias de uma leitora
Willian Iuri ~ Dreamer like me

Deixe a neve cair, de John Green | Maureen Johnson | Lauren Myracle

sexta-feira, 18 de julho de 2014

     
     Confesso que não tinha a melhor das expectativas quando comecei a ler esse livro, e fui surpreendida. O livro é, na verdade, a junção de três contos: O expresso Jubileu, de Maureen Johnson; O milagre da torcida de natal, de John Green; e O santo padroeiro dos porcos, de Lauren Myracle. Todos os três contam histórias que se iniciam na véspera de natal, com situações inesperadas na vida dos personagens principais.  
    Em "O expresso Jubileu", os pais de Jubileu são presos na véspera de natal e, por isso, mandam o advogado da família para informá-la que passará as festividades do natal na casa do avós na Flórida, longe do seu namorado Noah. Já em "O milagre da torcida de natal", Tobin está em casa vendo uma maratona de 007 com seus amigos Duke e JP, quando seus pais ligam dizendo que, por causa de uma nevasca, não vão conseguir chegar em casa a tempo para a celebração de natal. Em "O santo padroeiro dos porcos", Addie está vivendo uma crise emocional por ter terminado com o namorado um semana antes de completarem um ano de namoro.
     O mais interessante no livro, é que os personagens principais de cada conto fazem uma participação especial nos outros dois. Jubileu e Stuart, personagens principais em "O expresso Jubileu", tem um papel super importante em "O santo padroeiro dos porcos", que tem como personagens principais Jeb e Addie. Jeb conhece Jubileu em um trem e, por causa de uma nevasca, vão para a Waffle House, peça fundamental em "O milagre da torcida de natal", estrelado por Tobin e Angie. 
     Os três autores estão sintonizados de tal forma, que as vezes você pensa que está lendo uma história escrita por apenas uma pessoa. A leitura é leve e super prazerosa. Recomendo demais!

A filha do papa, de Luís Miguel Rocha.

sexta-feira, 11 de julho de 2014


      Estive sofrendo uma depressão pós-Harry Potter, o que me impedia de me entregar a uma nova leitura. Infelizmente, esse não foi o único motivo para eu ter passado quase uma semana tentando terminar esse livro. A capa me encantou bastante, me fazendo pensar que a temática polêmica prenderia minha atenção. Entretanto, várias vezes precisei reler páginas inteiras por perceber que estava completamente dispersa. 
        O livro narra, além de VÁRIAS outras coisas, o processo de santificação do Papa Pio XII, prejudicado pelo seu envolvimento com a irmã Pascoalina. Esse envolvimento resultou em Anna. O autor vai e volta no tempo diversas vezes na tentativa de contextualizar historicamente o leitor, o que é bastante louvável. Além disso, ele expõe várias atitudes absurdas tomadas pela igreja católica na tentativa de manter imaculada sua imagem de instituição perfeita.
     Uma ótima característica do livro é a divisão dos capítulos em poucas páginas, algo que eu sempre considero um facilitador da fluência da leitura. O grande problema é que em cada capítulo o autor traz alguém novo para a história, normalmente com nomes bem parecidos, e só volta a citar essa pessoa quatro capítulos mais tarde. Quando menos espera, você está desesperado tentando entender se quem ligou para quem foi o Guillermo, o Girolamo, o Gennaro ou o Giorgio. Utilizando tantos personagens dessa forma, o autor acaba por tirar o foco da essência da narração, deixando o leitor completamente perdido. O livro estaria muito melhor organizado se o autor tivesse utilizado apenas 50% dos personagens citados, algo que não prejudicaria de forma alguma a narração.
       Defeitos à parte, gostei do desfecho inesperado e complexo. De forma alguma o considero um livro ruim, mas não é um que eu indicaria.